Curadoria de conteúdos sobre slow living, bem-estar e saúde mental, por Michelle Prazeres.
Será que dá para ser ágil sem ter pressa?
Diante de uma situação realmente urgente, colocar-se com lentidão é tão inapropriado quanto se colocar com pressa diante de tudo.
E esse mundo embolou tudo de um jeito tão embolado, que a gente coloca o lento de um lado, o veloz do outro, se agarra nas nossas certezas e vai.
Desacelerar não é ser devagar. É entender quando a velocidade faz sentido e quando ela não faz, mas estamos correndo, porque estamos no automático, ininterrupto, anestésico. E, acrescentaria: é também poder perceber quando o que está diante de nós é realmente urgente e, neste caso, a velocidade pode fazer sentido.
A partir desta constatação, fiquei me perguntando o que pode nutrir uma “agilidade reflexiva”: uma ação prática que possa responder com prontidão a uma situação em que existe de fato urgência, mas que não precisamos tomar decisão com pressa. Porque a pressa é a temporalidade prática do automatismo.
E quando tudo é urgente, nada é urgente.
Quando tudo é urgente, perdemos a condição de entender que urgente é gente.
É preciso desacelerar, inclusive para termos a chance de entender a urgência diante da qual a agilidade pode fazer sentido.
Artigo de Michelle Prazeres, publicado no LinkedIn.
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